quinta-feira, 14 de julho de 2011

Arquitetura é proposta como forma de prevenir criminalidade

Por Pedro Monteiro

No bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, roubos e furtos ocorrem, em sua maioria, em ruas com equipamentos urbanos variados e bastante movimentadas. A análise é da mestranda de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, Rafaella Cavalcanti, e faz parte de sua pesquisa, apresentada nesta quinta-feira (14), na 15ª Jornada de Iniciação Científica da FACEPE.

O objetivo do trabalho, segundo a estudante, é “desenvolver um perfil espacial que aumente a segurança das ruas”. Para isso, foram analisadas, nas ruas de Boa Viagem, características como visibilidade, integração, movimento diário, tipos de estabelecimentos na rua, entre outros. “Com isso, pretendemos propor formas de incentivar a segurança através da arquitetura”, explica.

No estudo, a mestranda percebeu que pesquisadores europeus identificaram que ruas menos conectadas são mais perigosas. “Em Boa Viagem, por outro lado, esquinas das avenidas Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira apresentaram a maior ocorrência de roubos”, aponta a estudante. Segundo ela, uma das explicações para o maior número de furtos nas avenidas movimentadas é a quantidade de rotas de fuga para criminosos.

Rafaella Cavalcanti lembra que o espaço não é a única característica a se levar em consideração na prevenção de crimes. “Os elementos arquitetônicos têm que ser aliados à políticas públicas, para combater o crime”, analisa a estudante. “O social é muito importante também”, conclui.

Um comentário:

  1. A pesquisa de Rafaella sobre hotspots de crime com certeza vem complementar este estudo e vai produzir conhecimentos para orientar os habitantes a transformarem seus bairros em espaços mais seguros.
    Parabéns Rafinha!!!

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