quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pequenas fases curiosas da história de Marie Curie

 

Por Larissa Lins e Flora Freire

Na manhã desta quarta-feira (13), a professora do Departamento de Energia Nuclear da UFPE, Helen Khoury, apresentou uma palestra sobre a vida de Marie Curie, Prêmio Nobel de Química e homenageada da 15º Jornada de Iniciação Científica da Facepe. Durante sua participação, a professora destacou a importância dos estudos da polonesa para a ciência moderna.

Filha do casamento entre um professor e uma pianista, Marie Curie também é símbolo de uma resistência contra a invasão russa. “Isso porque seu pai fazia parte de um grupo de poloneses que acreditava que na mudança do país através da educação”, afirma Khoury.

Alguns trechos da vida de Marie Curie chamam a atenção por serem pouco conhecidos. A grande ênfase, normalmente, está no seu casamento com o cientista Pierre Curie e na conquista do Prêmio Nobel em duas áreas diferentes – Física em 1903 e Química em 1911. Ela foi a única mulher a conseguir tal feito.

Mas, há também fatos curiosos como um acordo feito entre Marie e sua irmã Bronia. Este pacto teria acontecido ainda na juventude e estabelecia o seu trabalho na Polônia, a fim de custear os estudos de Medicina de sua irmã. Bronia, por sua vez, a ajudaria a desenvolver, no futuro, seus próprios estudos. Durante o cumprimento de sua parte do acordo, Marie adquiriu o costume de estudar diferentes disciplinas através da leitura de livros e da correspondência com seu pai – o que seria, evidentemente, um hábito precursor do chamado ensino à distância.

Após a morte de Pierre Curie, teria sido Marie a responsável por assumir seu laboratório e suas aulas, introduzindo no ensino a prática de demonstrações experimentais, o que revolucionaria as antigas técnicas extremamente teóricas de transmitir conhecimento.

Na mesma época, ela teria desenvolvido, em parceria com outros professores, uma espécie de grupo de ensino, direcionado aos filhos de todos eles, com o objetivo de oferecer-lhes uma educação mais ampla e fundamentada. A idéia teria surgido para favorecer suas filhas, Irene e Eva, que possuíam aptidões diferentes entre si, a serem ainda complementadas.

A fase mais sensibilizadora, mas também curiosa, trata da época da Primeira Grande Guerra, quando Marie teve a iniciativa de disponibilizar carros para oferecer exames de Raio X aos soldados, criando o Raio X móvel. Numa revolução sem armas em época de conflito extremo, Marie contou com o apoio de sua filha Irene nessa empreitada e introduziu a técnica que viria a ser utilizada nos hospitais de todo o mundo.

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